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PARA ACABAR!

É necessário fazer mudanças em sua vida para chegar aos seus objetivos

por Arline Davis

Quando uma pessoa deseja uma mudança em sua vida, ela pode tomar a decisão de agir para gerar o resultado que almeja.

No entanto, para que tudo dê certo, é importante ter uma motivação baseada em uma valorização e expectativa positivas não somente em relação à meta final, mas também em relação ao processo. As pessoas estão dispostas a mudar seus comportamentos quando acreditam que tal esforço vai dar certo. Esta crença de que “vai dar certo” depende de experiências de vida e o modelo de mundo de quem está querendo mudar.

Robert Dilts descreve cinco classes de crenças que podem “pegar” neste processo de mudança, que envolve a aquisição de comportamentos e planos para se chegar aos estados desejados. Eu acabei por chamá-las de “As Cinco Convicções”, descritas a seguir:

A Primeira Convicção: “Minha meta é desejável e vale a pena.”

O quanto você quer, digo, REALMENTE quer a sua meta? Poucos diriam que não gostariam de estar em forma, ganhar uma boa grana, aprender um idioma e ter um relacionamento amoroso gratificante, por exemplo. É outra coisa desejar, valorizar, priorizar e estar disposto a investir na meta a ponto de fazê-la acontecer. Ter esta primeira convicção significa manter em mente (e no coração) a certeza do valor que a meta representa e apostar que os ganhos são tantos que vale a pena investir.

A Segunda Convicção: “É possível realizar a meta.”

Uma pessoa pode desejar muito uma meta e, ao mesmo tempo, não acreditar que as ações que sabe tomar levarão ao resultado desejado. Talvez acredite que tem pouca chance de dar certo, que é velho demais para aprender e mudar seu jeito de ser, que essas coisas funcionam para casos episódicos, mas não para todo mundo. Como existem maneiras diversas de se desacreditar das possibilidades! Quando uma pessoa está aprendendo a mudar o comportamento, é importante que tenha inspiração em casos de sucesso – não somente de exemplos pertinentes e comparáveis a seu próprio caso, mas também uma confiança que, para esta meta especificamente, os comportamentos escolhidos darão certo para gerar o resultado desejado.

Quando modelaram pessoas que se curaram de câncer, Suzi Smith e Tim Hallbom (co-autores, junto com Robert Dilts, do livro “Crenças, Caminhos de Bem Estar”) descobriram que havia uma variedade incrível de estratégias adotadas pelos pacientes para conseguirem se curar. O que havia em comum nesses casos de sucesso na recuperação da saúde era o seguinte: cada um acreditava piamente que a estratégia escolhida daria certo.

A Terceira Convicção: “Aquilo que precisa ser feito para alcançar a meta é apropriado e ecológico.” 

Acontece que, às vezes, uma pessoa não fica muito segura a respeito dos comportamentos que pretende implementar para conseguir a sua meta. Há várias maneiras que alguém pode “implicar” com o comportamento sugerido para alcançar um objetivo:

1) ela acredita que a meta pode ser realizada, só que não através dos comportamentos propostos (por ela mesma ou outras);

2) ela acredita que os comportamentos propostos devem ser eficazes, só que eles são demasiadamente difíceis, inconvenientes ou impactantes – seria um sacrifício que não está disposta a fazer (por exemplo, exige uma dedicação de tempo que é complicada conseguir);

3) pode haver uma preocupação sobre o impacto dos comportamentos em outras pessoas – por exemplo, como seria estudar no exterior se isso significa se afastar da família por um tempo?

A Quarta Convicção: “Tenho as capacidades necessárias para realizar a meta.”

Quando uma pessoa avalia as possibilidade e probabilidade de ter sucesso na realização da meta, é natural ela levar em consideração o quanto será capaz/inteligente/focado/hábil, etc. o suficiente para conseguir dar conta do recado. Mesmo que ela deseje ardentemente a meta, acreditando que seja possível e que seria mais do que apropriado ter aqueles comportamentos, uma crença limitante aqui pode fazer com que duvide de si mesma. Inclusive, uma falta de convicção sobre suas próprias habilidades pode levá-la a pensar, “Tudo bem, para outras pessoas é possível, mas para mim é pouco provável ter êxito.” Ainda bem que um pressuposto da PNL é que as pessoas já possuem os recursos necessários para mobilizar em si mesmos ou no sistema maior, aquilo que vai gerar o resultado almejado.

A Quinta Convicção: “Eu mereço e sou responsável pela realização da meta.” 

Esta última convicção toca no assunto de auto-estima e responsabilidade pela própria vida. Se uma pessoa não acreditar que é merecedora do resultado desejado, não importa a meta ser desejável e possível, nem importa a sua convicção de que tem as habilidades de alcançá-la. Se ela acredita que não merece, não haverá permissão interna para fazê-la acontecer. Outro aspecto da mesma questão é jogar a responsabilidade de realização em outros, “não é comigo, não sou especialista na área de saúde. Você, doutor, é quem tem que me curar.”  Ou, “procurei ajuda para desvencilhar as barreiras e os bloqueios que eu tenho. Agora deixo nas suas mãos.”  Para ser eficaz em gerar mudanças na sua própria vida, é imprescindível se identificar como justamente a pessoa responsável pelo resultado desejado.

E tendo dito isso, deixo aqui a ideia que é desejável, possível e apropriado nós aumentarmos a nossa convicção em relação a nossas metas. Além do mais, você é capaz e merece!

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