Quem nunca procrastinou uma tarefa que atire a primeira pedra!
Mas você entende o por que você faz isso?
Procrastinação é o hábito de adiar tarefas que precisam ser realizadas, substituindo-as por outras atividades menos urgentes ou mais agradáveis. Este comportamento pode levar à acumulação de responsabilidades, aumentando a ansiedade e diminuindo a produtividade. Frequentemente, é acompanhado por sentimentos de culpa, inadequação e desesperança.
Neurologicamente, a procrastinação está profundamente enraizada no funcionamento do cérebro, envolvendo principalmente o conflito entre duas regiões cerebrais distintas: o córtex pré-frontal e o sistema límbico.
Córtex pré-frontal
Esta área do cérebro é responsável pelo planejamento, tomada de decisões e regulação do comportamento social. O córtex pré-frontal permite que avaliemos as consequências a longo prazo de nossas ações e mantenhamos o foco em tarefas de longa duração que podem não ser imediatamente recompensadoras. Em pessoas que procrastinam frequentemente, pode haver uma menor ativação ou eficácia nesta área, o que dificulta a manutenção da motivação e do controle sobre as distrações.
Sistema límbico
Por outro lado, o sistema límbico é uma das partes mais primitivas do cérebro humano, responsável pelas emoções, prazer e recompensas imediatas. Quando a perspectiva de uma tarefa não é prazerosa, o sistema límbico pode sobrecarregar o córtex pré-frontal, levando a escolhas que favorecem gratificações instantâneas em detrimento de benefícios a longo prazo. Isso resulta em procrastinação, onde atividades mais agradáveis(mais dopamina) são escolhidas em vez de tarefas necessárias porém menos gratificantes(menos dopamina).
Na prática, o vício em dopamina pode ser entendido como uma preferência por atividades que proporcionam satisfação imediata, influenciando diretamente o comportamento de procrastinar. Este ciclo vicioso de buscar recompensas imediatas pode ser difícil de quebrar, pois cada ato de procrastinação reforça o comportamento, tornando-o mais recorrente.
Mas oque é Dopamina?
A dopamina, um neurotransmissor chave, desempenha um papel crucial no processo de recompensa do cérebro. Tarefas prazerosas ou estimulantes aumentam a liberação de dopamina, o que faz com que essas atividades sejam percebidas como mais desejáveis. Por outro lado, tarefas percebidas como chatas ou desafiadoras liberam menos dopamina, fazendo com que a procrastinação seja mais atraente como uma forma de evitar desconforto ou desprazer.
Como a PNL pode ajudar?
Agora que entendemos como a procrastinação funciona neurologicamente, precisamos entender como burlar esse sistema.
Uma das técnicas centrais da PNL é o reenquadramento, que envolve mudar a percepção sobre uma situação ou tarefa. Ao alterar a maneira como uma tarefa é percebida, de algo tedioso para algo que possui um significado ou valor pessoal, pode-se aumentar a liberação de dopamina associada àquela tarefa. Isso não só reduz a tendência à procrastinação, mas também aumenta a motivação para se engajar na tarefa.
O reenquadramento atua neurologicamente ao modificar os padrões de pensamento e as respostas emocionais associadas a determinadas tarefas ou situações. Quando uma pessoa muda conscientemente a maneira como percebe uma situação — por exemplo, de negativa para positiva —, isso pode alterar a atividade neural no córtex pré-frontal, a região do cérebro responsável pelo raciocínio e tomada de decisões. Esse processo de mudança de perspectiva estimula o córtex pré-frontal a avaliar novas informações e reduzir a atividade emocional excessiva no sistema límbico, responsável pelas respostas emocionais e de prazer. Assim, o reenquadramento pode diminuir a resistência emocional e aumentar a motivação, facilitando a ação e reduzindo a procrastinação ao mudar as reações emocionais e cognitivas de uma pessoa para um engajamento mais positivo e produtivo com suas tarefas.
Aqui está um guia passo a passo sobre como aplicar o reenquadramento para superar a procrastinação:
Passo 1: Identificar o Pensamento ou Situação
Comece identificando a tarefa específica ou o pensamento que está causando procrastinação. Pergunte a si mesmo o que especificamente sobre essa tarefa o faz hesitar ou evitar começá-la. Isso pode ser algo como “Eu não quero fazer isso porque é muito complicado”.
Passo 2: Analisar as Crenças Associadas
Examine as crenças que sustentam sua percepção negativa da tarefa. Por que você acha que é complicado? Que experiências passadas ou suposições estão influenciando essa crença? Este passo é crucial para entender a raiz do problema.
Passo 3: Desafiar o Pensamento Original
Agora que você identificou e analisou a crença, desafie-a. Pergunte-se se essa crença é realmente verdadeira. Existem evidências que contradizem essa ideia? Por exemplo, talvez a tarefa possa ser dividida em partes menores que são mais fáceis de gerenciar.
Passo 4: Criar uma Nova Perspectiva
Desenvolva uma nova maneira de pensar sobre a tarefa. Em vez de “é muito complicado”, você pode reenquadrar o pensamento para “é uma oportunidade para aprender algo novo e melhorar minhas habilidades”. Escolha uma perspectiva que seja motivadora e positiva.
Passo 5: Visualizar o Sucesso
Use a visualização para se ver completando a tarefa com sucesso a partir da nova perspectiva. Imagine-se enfrentando a tarefa de forma eficaz e sinta a satisfação de concluí-la. Isso pode ajudar a reforçar a nova crença e aumentar sua motivação.
Passo 6: Praticar Consistentemente
A prática leva à perfeição. Aplicar repetidamente o reenquadramento em diferentes situações pode ajudá-lo a desenvolver um hábito de ver desafios de uma maneira mais positiva e produtiva. Com o tempo, isso pode diminuir significativamente sua tendência à procrastinação.
Passo 7: Avaliar os Resultados
Após algum tempo praticando o reenquadramento, reflita sobre como essa mudança de perspectiva afetou sua capacidade de enfrentar tarefas. Você notou uma redução na procrastinação? Há uma melhora no seu nível de estresse ou satisfação ao completar tarefas?
Passo 8: Celebrar os Progressos
Finalmente, é essencial celebrar seus sucessos, grandes ou pequenos. Reconhecer e recompensar-se por suas conquistas pode aumentar ainda mais sua motivação e ajudar a manter a dopamina fluindo, o que é essencial para combater a procrastinação de maneira eficaz.
Agora que você aprendeu como utilizar o reenquadramento para combater a procrastinação, é importante continuar aplicando essas técnicas de forma regular para solidificar os novos padrões de pensamento e comportamento. Lembre-se de que a mudança não acontece da noite para o dia, mas com comprometimento e prática contínua, você pode transformar a maneira como lida com as tarefas diárias.
A PNL oferece não só o reenquadramento, mas também outras ferramentas que podem ser exploradas para otimizar a sua performance e minimizar a procrastinação. Técnicas como modelagem, ancoragem e dissociação podem ser igualmente eficazes ao lidar com desafios comportamentais. Integrar essas práticas ao seu cotidiano não apenas ajudará na procrastinação, mas também em outras áreas da vida, promovendo uma melhoria geral em sua saúde mental e emocional.
Agora, se você quer aprender essas e muitas outras técnicas o melhor caminho é o Practitioner em PNL. Este treinamento é uma oportunidade de imersão total nas estratégias e ferramentas de PNL, proporcionando a você não apenas o entendimento teórico, mas também práticas intensivas. Ao longo do curso, você experimentará as técnicas em primeira mão, permitindo que as incorpore de maneira eficaz em sua rotina diária.